sábado, 13 de agosto de 2011

METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA

ARIADNE TEIXEIRA

EDNA SILVA

HUDENIZIA ALVES IBERNON

IVETE RAMOS DE MEDEIROS

JOANA D”ÁRC PEREIRA

LOUSE MARILANE P.COSTA

NEULANDA TRINDADE

METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA

ORIENTADO PELA PROFª ACECY VALENTE

MANAUS-AM

2005

1º) QUAL TEM SIDO O PAPEL DO ENSINO DE HISTÓRIA NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS?

R: O papel do ensino de história na formação dos alunos, eram descontextualizados, baseados na memorização e na repetição oral dos textos escritos. Os materiais didáticos eram escassos, restringindo-se à fala do professor e aos poucos livros didáticos compostos segundo o modelo dos catecismos com perguntas e respostas, facilitando as argüições. Reduzia-se, “a saber”, repetir as lições recebidas.

2º) QUAL DEVE SER O PAPEL DO ENSINO DE HISTÓRIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO?

R: Analisar o passado e refletir no presente, considerando as expectativas e os conflitos do mundo atual, que requerem, a formação de múltiplas identidades para a constituição de diferença, semelhança, transformação e permanência, para o aluno dimensionar o EU, o OUTRO e o NÓS no presente e na relação PRESENTE, PASSADO e FUTURO, construindo princípios de identidade.

3º) QUAL TEM SIDO A PROPOSTA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA ? É POSSÍVEL APREENDER ATRAVÉS DE PROPOSTAS O ENSINO DE HISTÓRIA?

R: A proposta para o ensino de história é o conteúdo arrumado hierarquicamente, mas sem respeitar a faixa etária do aluno. Não sendo possível apreender através dessa proposta, porque vinham com um roteiro, uma forma organizada. Ensinava a relação de um bairro, mas não as suas transformações.

4º) O QUE ENSINAR DE CONTEÚDOS DE HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS?

R: Os conteúdos propostos estão constituídos, a partir do cotidiano da criança

(o seu tempo e espaço).

5º) QUAIS OS CONTEÚDOS NO PCN-HISTÓRIA PARA CADA CICLO? QUAIS AS IDÉIAS QUE ESTÃO FUNDAMENTANDO A ESCOLHA DESSES CONTEÚDOS?

R: No primeiro Ciclo devemos perceber a história, e vivencia-la através de fontes documentais, fotografias, mapas, filmes, depoimentos, etc. É através da realidade do aluno e de sua história local, iniciando seus estudos históricos no presente, mediante a identificação das diferenças e das semelhanças existentes entre eles, suas famílias e as pessoas que trabalham na escola com os dados do presente, a proposta é que desenvolvam estudos do passado, identificando mudanças e permanências nas organizações familiares e educacionais.

Contudo no segundo Ciclo abordam diferentes histórias que compõem as relações estabelecidas entre a coletividade local e outras coletividades de outros tempos e espaços, contemplando diálogos entre presente e passado e os espaços locais, nacionais e mundiais. Dando ênfase aos estudos comparativos, as permanências e as transformações das vivências humanas no tempo, e em um mesmo espaço.

O terceiro ciclo é constituído, a partir da história do cotidiano da criança ( o seu tempo e o seu espaço), integrado a um contexto mais amplo, que inclui os contextos históricos. É proposto o eixo temático História das relações sociais, da cultura e do trabalho. No entanto no quarto Ciclo, o conteúdo a ser trabalhado, é a História das representações e das relações de poder.

As idéias que estão fundamentando esses conteúdos são os conhecimentos históricos significativos para os alunos, como saber escolar e social, que contribuem para que eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas, materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações das sociedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como decorrentes de contradições e de regularidades históricas.

6º) PORQUE ENSINAR HISTÓRIA AOS ALUNOS? PORQUE O ESTUDO DE HISTÓRIA FAZ PARTE DO CURRÍCULO? QUE ALUNOS QUEREMOS FORMAR? E NO QUE O ESTUDO DA HISTÓRIA CONTRIBUI PARA ESSA FORMAÇÃO?

R: Para que eles possam refletir e compreender as semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de vida social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado, mediante a leitura de diferentes obras humanas.

O estudo da Historia faz parte do currículo, para que houvesse mudanças do currículo real para o currículo formal, instituindo uma nova concepção de escola e de currículo, sublinhando o seu caráter social, destacando a compreensão de que as diretrizes e práticas envolvidas na educação são intrinsecamente éticas e políticas, favorecendo o desenvolvimento de uma abordagem crítica das questões educacionais.

Queremos formar alunos críticos e reflexivos, que possam romper com a História que só privilegia fatos passados, considerando a possibilidade de problematização da historicidade presente, a partir da realidade vivida. Procurando acompanhar as mudanças e historicamente, mas também a permanência de um ensino ligado ao passado, naquilo em que se apresenta estereotipado e limitador, ligando o passado ao presente.

O estudo de História contribui para essa formação, porque envolve a reflexão sobre a atuação do indivíduo, em suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo.

7º) QUANTO Á PROPOSTA DE ENSINO DE HISTÓRIA NO PCN, O QUE É IMPORTANTE CONSIDERAR?

R: É importante considerar, a leitura de tempos diferentes no tempo presente em um determinado espaço. A leitura desse mesmo espaço em tempos passados, a predominância das Histórias Sociais e Culturais, as questões políticas e econômicas e realizações de trabalhos concretos, tais como: Fazer maquetes, visitar museus, assistir a filmes, comparar fatos e épocas, coordenar conhecimentos, históricos e possibilitar estudos críticos e reflexivos, expondo as permanências, as mudanças, diferenças e semelhanças das vivências coletivas.

8º) O QUE REPRESENTA A ESCOLHA METODOLÓGICA PARA ENSINAR CONTEÚDOS DE HISTÓRIA NAS SÉRIS INICIAIS?

R: Representa construir o currículo ao longo do processo, partindo de vivências do grupo (professor e aluno), sem deixar de considerar o conhecimento historicamente constituído. Visando atender um público ligado a um presenteísmo intenso, voltado para idéias de mudanças constantes do novo cotidiano tecnológico.

9º) QUAL A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA NA FORMAÇÃO DO JOVEM HOJE?

R: A importância da aprendizagem de história na formação do jovem hoje é criar situações de aprendizagens escolares, instigando-os a estabelecer relações entre o presente e o passado específico e o geral, as ações coletivas e individuais e aos interesses específicos de grupos e aos acordos coletivos e as particularidades e os contextos, etc.

10º) Quais são as grandes questões sociais do mundo de hoje?

R: São: A violência, o analfabetismo, a prostituição, desigualdade social, pobreza, fome, questões econômicas, desemprego, discriminação, e abuso sexual, etc.

11º) COMO ESSAS QUESTÕES DEVERIAM SER TRABALHADAS NAS AULAS DE HISTÓRIA?

R: Com aulas expositivas, através da vivência e realidade do aluno, com meios comparativos e levando os alunos a se conscientizar, criticar e refletir sobre os fatos passados, relacionando-os com fatos presentes.

12º) AS GRANDES QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS DEVEM SER ABORDADAS NO ENSINO DE HISTÓRIA? EXPLIQUE.

R: Sim. Pois dará como contribuição específica ao desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes, com capacidade de entender a História como conhecimento, experiência e pratica de cidadania.

INDISCIPLINA E LIMITE

INDISCIPLINA E LIMITE


1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO


NOME DO ALUNO (A): LOUSE MARILANE P. COSTA

NOME DA ESCOLA: CMEI “GRAZIELA RIBEIRO”

ENDEREÇO: RUA 05, Nº 371 – ALVORADA II

NOME DO GESTOR (A): MARIA INEZ BEZERRA LIMA

NOME DOS TÉCNICOS (AS) DA ESCOLA: REJANE E RUCILENE DA SILVA PEREIRA.

DATA DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: 16.02.06 A 29.03.06

NOME DO ORIENTADOR (A) DO ESTÁGIO: Profª:. DÉBORA RABELO.

2. HISTÓRICO

O CMEI “Graziela Ribeiro”, teve seu prédio construído na gestão do Exmo. Sr. Manoel Henrique Ribeiro, na época, Prefeito de Manaus, sua inauguração ocorreu em 16 de agosto de 1986. A creche recebeu o nome de Graziela Ribeiro como homenagem à genitora do prefeito.

Para a direção da creche foi nomeada a Profª Sônia Yara Rodrigues Donízio. A direção foi mudando e foram nomeados Ezequiel Pedro da Silva Filho, Leyna Medeiros, Janite Sisnero, Inês Maria Pereira de Castro, Cecília Maria Cruz da Silva, José Elias Chagas e atualmente é dirigida pela pedagoga Maria Inez Bezerra Lima.

O prédio foi projetado para abrigar cinqüenta crianças em regime de creche, com o crescimento da demanda, passou a receber em média cento e dez crianças, tornando o espaço físico inadequado para a necessidade da clientela.

Em 2000, a creche passou a funcionar nas dependências do Centro Social Urbano Desembargador Cândido Honório, tendo o seu antigo prédio demolido enquanto era construído o novo prédio, com uma arquitetura moderna no mesmo local.

O prédio atual conta com 10 salas de aula, 01 secretaria, 01 diretoria, 01 sala dos professores, 01 sala para o agente de saúde, 01 brinquedoteca, 02 depósitos, 01 cozinha, 01 refeitório, 10 banheiros, área para um parquinho e área externa para atender a clientela atual de 759 alunos.

Através do ato de criação Lei nº. 601/2001 passou da condição de creche “Graziela Ribeiro” para Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) “Graziela Ribeiro”. Em outubro de 2002, foi inaugurada pelo Exmo. Sr. Alfredo Pereira do Nascimento, atual prefeito da cidade de Manaus.

Seu quadro de funcionários atual conta com 01 diretora, 26 professores, 03 administrativos, 02 pedagogas e 09 serviços gerais que atendem 759 crianças, distribuídas em três turnos: Matutino, Expansão e Vespertino.

O turno Matutino funciona da seguinte maneira:

1º Período – Sala A – Profª Alda Nelly Antela.

1º Período – Sala B – Profª Marlene Batalha.

1º Período – Sala C – Profª Fabiane Alves.

2º Período – Sala A – Profª Maranilza Arruda.

2º Período – Sala B – Profª Danielly Kelly.

2º Período – Sala C – Profª Eldemir Braga.

2º Período – Sala D – Profª Roselene Vasques.

2º Período – Sala E – Profª Rosário Rolim.

2º Período – Sala F – Profª Ana Maria de Souza.

2º Período – Sala G – Profª Terezinha Lamêgo.

O turno Expansão funciona da seguinte maneira:

1º Período – Sala D – Profª Adriana de Oliveira.

1º Período – Sala E – Profª Rejane Ricardo.

1º Período – Sala F – Profª Ana Luzia de Oliveira.

1º Período – Sala G – Profª Rucilene da Silva.

1º Período – Sala H – Profª Danielly.

2º Período – Sala O – Profª Roselene de Paula.

O turno Vespertino funciona da seguinte maneira:

1º Período – Sala J – Profª Helena Barros.

1º Período – Sala K – Profª Eldemir Braga.

1º Período – Sala L – Profª Fabiane Siqueira.

2º Período – Sala H – Profª Alcilene Barros.

2º Período – Sala I – Profª Denízia Tavares.

2º Período – Sala J – Profª Andreza Ferreira.

2º Período – Sala K – Profª Roselane Vasques.

2º Período – Sala L – Profª Laura Oliveira.

2º Período – Sala M – Profª Jovelina Priante.

2º Período – Sala N – Profª Ana Luzia.

Ao todo, são 29 alunos por série, e o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) “Graziela Ribeiro” dispõe dos seguintes recursos materiais e didáticos:


01 – Televisão

01 – Vídeo Cassete

03 – Rádios FM

03 – Computadores


02 – Freezer

01 – Geladeira

01 – Bebedouro Industrial

01 – Liquidificador Elétrico

01 – Fogão Industrial

01 – Panela de Pressão de 20l


01 – Máquina de ar comprimido para encher balões.

01 – Caixa de som com microfone sem fio.

E.V.A.

Cola Colorida, de isopor, com gliter e polar.

Fitas: dupla face, fidepla, gomada e crepe.

Durex: colorido e comum.

Tesouras

Livros de histórias infantis.

Fitas e Cd’s de histórias infantis e didáticas.

Fantoches

Cartazes

Brinquedos variados

Tintas: guache e aquarela.

Isopor

Papéis: ofício, crepom, laminado, seda, camurça, madeira, cartolina, cartão, etc.

10 – Quadros brancos

01 – Armário com 16 compartimentos


03 – Mesas de secretaria (inadequadas para o uso de computadores).

279 – Cadeiras e mesas inadequadas para o uso na Educação Infantil.

Todos os profissionais da educação do referido CMEI “Graziela Ribeiro” cursam ou possuem o terceiro grau completo, atendendo às necessidades básicas da educação infantil e sendo facultada de acordo com a LBD 9.394/96.

O ideal, na educação básica é que se tenha docentes com formação avançada para atuar num nível de educação onde são definidos os valores e as condições básicas para o aluno apreender o conhecimento mínimo e elaborar a visão estratégica imprescindível a compreender o mundo, intervir na realidade e agir como sujeito crítico. Daí, a Lei definir a formação de nível superior, adquirida em cursos de licenciatura, de graduação plena, ficando descartados os chamados cursos de Licenciatura de curta duração. A Lei não os inclui.

INTRODUÇÃO

O referido estágio supervisionado de 1ªHabilitação em Magistério de Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental foi iniciado a partir do dia 16.02.06 á 11/03/2006, no horário de 7:00 h. as 11:00 com a carga horária de 50 horas, no CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) “Graziela Ribeiro”, situado a rua 5, Nº371, Bairro, Alvorada II.

Através de observações, entrevistas com alguns pais, professores e embasamento de alguns teóricos, pode-se constatar in loco, situações de indisciplina e falta de limites em algumas crianças, e com isso busca-se meio alternativo para sanar, tais problemas detectados, favorecendo-se no processo ensino aprendizagem e apontando-se estratégias de ação.

Nossas escolas estão vivendo um momento crítico, principalmente na questão disciplina. Tal situação já persiste, e vem se agravando, há quase duas décadas. Educadores são unânimes em afirmar que há regras básicas a seguir no processo de educação. Uma delas é estabelecer-se limites. Para a criança e para você.

Existem pais, por exemplo, que não admitem os erros dos filhos, e acham que esse ser inocente e indefeso, não são capazes de aprontar confusão na escola. O que esses pais superprotetores não sabem, é que esse comportamento pode ser prejudicial ao desenvolvimento da criança. A partir do momento em que defendem seus filhos em qualquer situação, sem refletir se foi o “anjinho”, quem provocou aquela briga em sala de aula.

Colaboram para o crescimento de uma pessoa insegura, que dificilmente saberá lidar com os desafios da vida. Na maioria dos casos, os reflexos podem ser notados no próprio desempenho escolar. Mas o convívio familiar e social também dará várias pistas de que alguma coisa vai mal na educação da criança.

O maior problema dos pais superprotetores é reconhecer que eles podem estar falhando no processo de aprendizagem do filho. Em geral não percebem que, ao tentar fazer de tudo pela criança, evita que ela aprenda a lidar com as próprias frustrações. E isso é fundamental no processo de crescimento e desenvolvimento do caráter e da personalidade. Em algumas situações, é necessário que os desafios sejam enfrentados por conta própria. É uma forma de estimular o raciocínio e a busca da autonomia para encontrar soluções.

Muitos pais pressupõem para o filho o mesmo encaminhamento e futuro que eles tiveram. Dessa forma, invalida-se a maneira de pensar da criança. A falta de convívio familiar imposta pela correria do dia-a-dia também interfere na educação. Com menos tempo para ver os filhos, os pais tendem a compensar a ausência, atendendo a todos os desejos da criança. Não pode ser assim. É preciso dar limites à garotada. Ou seja, mostrar que existem regras que precisam ser compridas.

Estabelecer uma rotina transmite senso de organização e respeito. A mãe pode e deve impor limites, sem confundir autoridade com autoritarismo. É preciso mostrar que o poder de decisão é dela. E a melhor forma de fazer isso é dizer não. “ pais que não estabelecem regras não dão à criança a noção de realidade”. O resultado é um filho que não sabe o que é o esforço para executar alguma atividade.

“A criança precisa conquistar espaço, mas seguindo as regras. Caso contrário tudo vai parecer arbitrário aos olhos delei”. Diz a educadora Gisela Wajskop (2003). P.38.

Muitas escolas acompanham as mudanças e transformações da sociedade. A relação entre pais e filhos também mudou. A autoridade deu lugar à liberdade, o que é positivo, mas ser parceiro de seu filho, não significa fazer tudo por ele. È fundamental que ele cresça assumindo responsabilidades.

Pesquisas pedagógicas mostram o quanto se perde de tempo em sala de aula com questões de disciplina, em detrimento da interação do aluno com o conhecimento e com a realidade.

Essa indisciplina se manifesta no corredor, no pátio, nas festas, e na sala de aula. Surge em conversas paralelas, dispersão, quando o professor passa despercebido, quando vem uma professora substituta, quando parece que nada interessa, quando não há ninguém na sala, depredam materiais escolares, riscam carteiras, colocam tachinhas na mesa do professor ou colega, passam a perna no colega, brigam, e querem ir toda hora ao banheiro. Enfim, sei que tudo isso pertuba a nós educadores, e a dificuldade em enfrentar-se tal situação ocasiona ou acarreta em posturas inadequadas, refletindo a posição de conformismo e comodismo, por não se encontrar meios alternativos adequados ao nosso momento histórico-cultural. O professor tem que colocar limites e dizer: isso pode, isso não pode. Com uma disciplina ativa e consciente, marcada pelo respeito, responsabilidade, construção do conhecimento, interação, Participação, formação do caráter e da cidadania. E isto começa em casa, com os pais, que têm que transmitir o saber fazer, à criança. Eles são os primeiros modelos.

Temos que evitar querelas políticas e nos aprofundarmos e compreendermos o pedagógico da ação política e o político da ação pedagógica, reconhecendo que a educação é essencialmente um ato de conhecimento e de conscientização e que, por si só, não leva uma sociedade a se libertar da opressão, porém possibilitam uma educação libertadora e transformadora resistente a dominação, onde a ação pedagógica não se limita à escola, mas também a organização da sociedade, que é também tarefa de nós, enquanto educadores.

Ao vivenciarmos no espaço interno da escola no cotidiano, é que percebemos que algumas crianças não se adequam as normas educacionais, e isto porque, falta uma educação firme, para que a mesma possa se conscientizar e buscar atender a essas solicitações.

Espero que, esse projeto, mostre caminhos realmente necessários para a indisciplina e imposição de limites, aos colegas acadêmicos (as), aos pais, e educadores, onde todos sejam capazes de aprender, tenham um bom relacionamento e coordene ações para obter sucesso em uma tarefa conjunta.

  1. TEMA: INDISCIPLINA E LIMITE

  1. PROBLEMA

O que faz com que um bom aluno seja indisciplinado?

3. OBJETIVOS

3.1- OBJETIVO GERAL

Capacitar os professores e pais para a melhoria de sua atuação enquanto profissional da educação e como cidadão, oferecendo subsídio que favoreçam o desenvolvimento das responsabilidades dos alunos estimulando a compreensão e colaboração, sem distinção, visando um bom ambiente disciplinar no processo ensino – aprendizagem.

3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Enfrentar os desafios, buscando meios alternativos, baseados numa análise exaustiva da situação, com reflexão, coerência, diálogo, responsabilidade e técnicas que os capacitem para o autocontrole e disciplina.

  1. JUSTIFICATIVA

Escolhi esse tema para me referendar, justamente porque não estamos acostumados a mudanças e, essa crise de disciplina escolar hoje, está associada á crise de objetivos e de limites que estamos vivenciando no cotidiano escolar.

É difícil conseguir disciplina na escola. Vemos professores perplexos, angustiados e até mesmo pensando em desistir da profissão, pois além dos baixos salários, do desprestígio social, ainda “têm que agüentar desaforos e desrespeito”. Nas séries iniciais o problema é menor, porque só são aparências, está mascarado, por vezes até se manifesta, porém está ai gestado paulatinamente, só não tem se manifestado ainda, em função da pouca idade, por outro lado, temos ouvido inúmeras queixas dos professores.

Constatamos no âmbito escolars casos alarmantes na educação infantis, onde crianças impunham as suas vontades e eram rapidamente atendidas pelos pais. Acreditamos até, que esteja havendo uma transferência de limites. Onde os filhos são dominantes e os pais são os dominados nesse intercâmbio relacional de pai, para filho.

Entendemos, que essa permissividade é uma exigência do sistema capitalista, porém devemos amar, mas com um amor firme, onde possamos dizer não, quando for necessário. Não está existindo liberdade com responsabilidade.

A própria família já não suporta o filho, não sabemos o que fazer para que melhore, quando extrapola, e não estão preparados para fatos que requer disciplina, pulso firme, coerência, clareza, determinação, negociação e diálogo.

Precisamos estabelecer um sistema de estímulos que favoreçam o desenvolvimento da responsabilidade dos alunos, estabelecendo relações cordiais e afetuosas, criando um ambiente estimulante de compreensão e colaboração, usando de atitudes amistosas e pacientes, onde todos sejam tratados sem distinção. Pois a falta de coerência entre o que o professor diz e o que ele faz, entre os valores que ele tenta transmitir aos alunos e o que ele mesmo vivencia estimula a indisciplina.

Às vezes questionamos, se... as crianças são indisciplinadas por natureza ou por circunstâncias desviantes. Com isso, podemos distinguir duas correntes teóricas, que são de fundamental importância: uma é que, a indisciplina é uma tendência natural de todo ser humano, está inscrita no seu código genético. O estado, a educação e a cultura atuam como freios desses impulsos.

A outra corrente, é que a natureza é uma espécie de recipiente vazio, pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza destes estímulos assim será a criança, o adulto. As circunstancias determinam aquilo que cada homem é. Todas as mudanças são em certo sentido um ato de indisciplina ou de ruptura violenta com a ordem estabelecida (IÇAMI, p.43,2003).

Para estabelecemos essa disciplina com limites, devemos:

o Construir participativamente uma linha comum de atuação, em que todos tenham a mesma linguagem;

o Ajudarmos a manter uma visão de totalidade do problema;

o Construímos coletivamente a disciplina;

o Visarmos normas elementares de convivência que sirvam de ponto de referência e ajudem a conseguir um ambiente sereno de trabalho, ordem e colaboração;

o Estabelecermos um sistema de estímulos que favoreçam o desenvolvimento das responsabilidades dos alunos;

o Tratarmos os alunos com estima e respeito; Consideração com os alunos e coerência entre o que os professores dizem e o que ele fazem, entre os valores que eles tentam transmitir aos alunos e os que ele mesmo vivenciam.

O conceito de disciplina está associado à obediência, que está muito presente no cotidiano da escola, há uma verdadeira luta de classe, onde o professor está procurando sobreviver, num contexto de tantos desgastes.

E , enquanto educadores, almejam por uma disciplina consciente e interativa, marcada pela:

o Participação;

o Respeito;

o Responsabilidade;

o Construção do conhecimento;

o Formação de caráter e da cidadania.

o Diante desse problema de indisciplina ou os professores demitem-se da luta ou enfrentam o desafio, acreditando naquilo que fazem.

5.REFERÊNCIAL TEÓRICO

De acordo com Içami (2003), quando pais permitem que os filhos menores que sejam façam tudo o que desejam não lhes estão ensinando noções de limites individuais e relacionais, não estão lhes passando noções do que podem ou não podem fazer. Os pais usam diversos argumentos para isso: “eles não sabem o que estão fazendo”; são muitos pequenos para aprender; “vamos ensinar quando forem maiores”.

Os limites, os pais devem passar para as crianças desde pequenas, pois se assim não o fizer, terá decepções mais tarde, e não o retorno daquilo que plantou. As crianças são pequenas sim, porém se desde cedo, dermos noções de limites elas absorverão o que lhe foi ensinado, e guarnecerá conhecimentos como um ser a ser formado para a vida.

A criança, quando faz algo pela primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou alguém. Se agradou, repetem o comportamento, entendemos que o agrado é aprovação e ela ainda não tem condições de avaliar a adequação do seu gesto. Portanto, cada vez que os pais aceitam contrariedade, um desrespeito, uma quebra de limites, estão fazendo com que seus filhos não compreendam e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade.

“A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo” Içami (2003).

Para eles é aceitável pedir-se um brinquedo, mas quebrá-lo logo em seguida, é inadmissível. Portanto é necessário, que desde a mais tenra idade, se estabeleça limites. Por exemplo, é essencial que o nosso filho estude, o mesmo tem o dever de estudar. Porém senão o fizer, terá que arcar com as conseqüências de sua indisciplina, que deverão ser previamente estabelecidas pelos pais.

Já dizia (Aristóteles, 1997), um filósofo que viveu muitos anos antes de Cristo, “a justiça está no meio-termo”. E em saber dizer, aguarde depois lhe darei respostas “.

Muitas das vezes devemos dizer”não” e “sim”, desde que negociemos com eles.

(Zagury, 2003). Com isso, acreditamos que os pais sejam antiquados, estúpidos, quadrados, e não se dão conta que estão errados, e que só queremos educar de uma forma adequada. Algumas maneiras básicas são suficientes para colocar, a casa em ordem e a vida em paz.

Dar limites é importante. Antes de começar precisamos pensar e decidir. Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprendermos quais são os seus limites e isso incluí compreender que nem sempre podemos fazer tudo o que se desejamos na vida. É necessário que a criança interiorize a idéia de que poderá fazer muitas, milhares, e a maioria das coisas que deseja, mas nem tudo e nem sempre.

O que seria de nós, se só fizéssemos o que gostamos, e que fosse de fácil acesso, para nós. Então, seríamos pessoas com limitações,, desempenhando funções diversificadas, sem vínculo empregatício, inexperientes, e sem construção de conhecimento. Os direitos são iguais para todos. Devemos dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário.

A criança que não aprende a ter limites, para o seu querer, para os seus desejos e vontades, que tudo quer e tudo pode, tende a desenvolver um quadro de dificuldade (Zagury, 2003).

É obvio, que se a criança tem facilidades, tem tudo o que deseja e não passa por dificuldades, tudo ficará mais fácil para as suas realizações. Só que, diante das dificuldades do cotidiano, irá deparar com problemas e será incapaz de soluciona-los.

Educar envolve um novo desafio a cada dia’. Segundo Vasconcelos, 1997, para poder compreender o mundo em que vivemos, e poder usufruir dele, temos que transforma-lo! Isto implica no fato do professor, tanto se compreender como sujeito de transformação, como ter clareza de que está participando da formação dos novos sujeitos de transformação.

Ora, se somos sujeito de transformação, temos que compreendermos primeiro enquanto sujeito, educador e transformador, na formação e desenvolvimentos dessas crianças.

A disciplina (...) significa a capacidade de comandar a si mesmo, de se impor aos caprichos individuais, às veleidades desordenadas, significa, enfim uma regra de vida. Além disso, significa a consciência da necessidade livremente aceita, na medida em que é reconhecida como necessária para que um organismo social qualquer atinja o fim proposto. (Vasconcelos, 2006, p.49).

No cotidiano temos sempre desafios a enfrentar para melhor entendermos o ambiente a qual estamos inseridos, para poder desfrutarmos do mesmo, superando barreiras, enfrentando desafios e transformando-o e compreendendo o indivíduo como processador de transformações e sujeito a ser transformado em sua realidade existencial.

A disciplina é um ato que requer autocontrole de si próprio, pois as nossas vontades são imperfeitas, significando a conscientização dos nossos atos, onde possamos ter liberdade, mas com responsabilidades, para que a socialmente atinjamos aquilo que nos propomos a atingir significativamente.

De acordo com Piaget (1994) há muito tempo, a relação de obediência era garantida pela imposição de normas e condutas, que se transgredidas, eram punidas. Assim, o respeito às regras era garantido pelo medo. E não garantia a moralidade.

Essa maneira de impor obediência, através do medo, gerava nas crianças insatisfações, raiva, temor, ocasionando em conflitos interiores inerentes as vontades dessas crianças. E para as crianças se educarem, nada deve ser imposto, e sim negociado e na base do diálogo. Pois só assim, conquistaremos e resgataremos essas crianças para nós obtermos influências sobre elas.

Cada ato de indisciplina, por nós presenciados, parecia anunciar tanto o jogo oscilante entre regularidade e irregularidade vivido pelos atores da organização pesquisada, quantas possibilidades em trânsito do engendramento de uma nova concepção de disciplina escolar.

A visão que o educador possui de sua ação pedagógica é fundamental para a construção da relação educacional. E esta visão encontra-se hoje marcada pela tão debatida contradição liberdade/repressão: de um lado, temos os educadores que só entendem educação através da ótica da repressão, com uma postura autoritária e tradicional onde o aluno fica submetido às regras formais de tratamento aluno-professor, que vêem em qualquer espaço de liberdade para os alunos um terrível monstro subversivo, corrosivo, que os aniquilará, sem dó, nem piedade. E essa falsa harmonia do respeito formal, destrói o relacionamento e o compromisso educacional.

Reagindo a esta concepção existem, no extremo oposto, educadores que acreditam que o ato educacional tem como premissa, como ponto de partida, a liberdade total, permitindo todo tipo de manifestação dos alunos. Forçá-los a uma situação que não querem vivenciar, é reprimir, é cair na prática tradicional. Essa prática educacional é errônea, ela surge como uma reação imediata à prática repressora, ela exalta o descompromisso tanto do professor quanto dos alunos.

“O espontaneísmo só aparentemente respeita a natureza do educando e na verdade é, para ele, um abandono completo nas mãos do autoritarismo do ambiente e para o educador a renúncia a educar”.

O final desta história é conhecido por todos: Os professores passam por omissos,são desmoralizados pelos próprios alunos “libertador”, que o vêem como pusilânime e incompetente. Enfim, ele é, um verdadeiro caos pedagógico, pois desenvolve nos alunos se3ntimentos egoístas e mesquinhos.

A função da educação é fazer com que o sujeito que está sendo educado conviva bem no meio social, a ele adaptando-se, e para bem se adaptar, é preciso disciplinar-se. Porém a disciplina escolar não deve ser um meio de garantir sossegos, paz exterior, silêncio (porque isso não seria um fim moral e sim coerção pura e simples), mas deve colaborar na construção da autodisciplina do aluno.

É preciso considerar que o próprio educador, para disciplinar seus alunos, socializando-os no marco da moral, precisam conter-se, disciplinar-se, impedindo de cair na arbitrariedade e no abuso de seu lugar de poder.

6. METODOLOGIA

A metodologia será destinada a professores e pais, visando um melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem, através de temas reflexivos, retroprojetor, fitas de vídeo, palestras, painel integrado e reuniões periódicas, buscando-se alternativas para sanar a indisciplina na sala de aula.

Para a realização desse projeto, referentes ao estágio supervisionado, buscaram coletar dados (informações) junto ao (a) gestor (a) professores (as), alunos (as) administrativos (as) e técnicos (as). Na perspectiva de levantar o problema inserido no âmbito escolar, salientando e diagnosticando a indisciplina e limites presente no respectivo estabelecimento de ensino, onde o professor deu por escrito seu parecer descritivo e nós subsidiamos de forma necessária e específica, a cada aluno, individualmente e grupalmente com os pais.

E com o intuito de melhorar, acreditamos que devamos levar aos professores (as), e pais, reflexões e discussões sobre os problemas disciplinares do respectivo estabelecimento de ensino infantil,, além de realizamos dinâmicas de grupo e de pequenas práticas renovadas, resgate da auto-estima, determinação, definirmos a qualidade da mudança, de uma orientação investigativa, entre: sociedade, família, escola, professor e aluno, para não se perdermos de vista os diferentes fatores de interferência. A disciplina é uma construção coletiva da práxis pedagógica. Precisamos interagir com os alunos, lutarmos com sua alienação e ao mesmo tempo em que luta com a própria, com as forças desumanas que trazem dentro de si como fruto de sua história de vida. É preciso a participação, o envolvimento de todos no enfrentamento do problema, senão não vai dar frutos positivos, é fundamental, que tenhamos um horizonte, buscando juntos objetivos comuns.

As normas devem ser bem definidas com reuniões periódicas para conscientização, com representantes dos professores, direção, equipe escolar, pais e alunos, estabelecendo-se finalidades e as linhas de ação como um todo.

Através de investimentos prioritariamente na formação permanente e em serviço do professores realizados pela SEMED que tenham clara a compreensão do processo educacional e métodos de trabalhos mais apropriados.

O ideal seria que tivéssemos 2 horas semanais junto com o articulador de projetos coordenação, supervisão, e direção, para que superássemos as necessidades da prática pedagógica. Porém estamos um tanto longe deste patamar.

Foi através, de uma avaliação construtiva e crítica que conseguimos superar a dicotomia entre seu discurso e sua prática. A escola deve confiar no professor, dar condições para a sua participação, formar grupos de estudo e romper com o circulo da alienação do trabalho.

O importante é que haja uma construção coletiva de normas, onde a comunidade escolar propicie ao estabelecimento em conjunto as regras de trabalho em sala de aula (e da escola), da avaliação das regras existentes. Uma vez elaboradas, e não devem ser muitas, fixar em lugar visível e ou Registrar no caderno ou agenda escolar da criança. No entanto, se o processo de elaboração das normas com todos for feito de maneira ingênua ou “aligeirada”, pode perder todo a sua significação. Mas do que chegar a “regras” da classe e da escola trata-se de um processo de conscientização. Estabelecer limites não arbitrários.

Para a criança, a norma efetivamente não está clara. Há necessidade de dizermos o porquê, primeiro do próprio trabalho, como forma de possibilitarmos a participação consciente dos alunos; segundo, com relação às normas aos possíveis limites estabelecidos, para que também as normas e os limites não fiquem alienados do próprio sujeito, ou seja, que ele não fique submetido a uma força estranha de si mesmo. Na vida sempre existem normas a serem cumpridas, então o aluno tem que se acostumar com elas desde pequenos.

Diante deste contexto, foi elaborado um projeto escolar em parceria com os professores, nas questões que envolvem as relações em sala de aula, dando continuidade a este processo de refletirmos, , promovendo com mais eficácia a aprendizagem.

A reflexão e o confronto de idéias realizados nas reuniões pedagógicas foram o caminho para melhorarem as condições de vida da escola. As interações fluíram com maior suavidade, transformando as regras de convivência em sala de aula e no respectivo estabelecimento de ensino em educação infantil.

Devemos discutir com professores temas que dizem respeito ao seu cotidiano, é uma forma de ajuda-los a compreender as demandas da sala de aula. Discutirmos, conversamos, ouvirmos, mudarmos, avaliarmos e reorganizarmos. É a receita para conseguirmos disciplina.

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES

FEVEREIRO

MARÇO

Apresentação junto ao diretor com a solitação da carta de estágio e identificação da escola

X

Encontro com a gestora para se conhecer o contexto escolar

X

Conversa informal com os professores

X

Estudo com temas reflexivos sobre “indisciplina”

X

Reuniões periódicas

X

Orientações investigativas com a comunidade escolar, pais, alunos.

X

X

Elaboração do projeto sobre indisciplina e limite

Palestras

X

Painel integrado

X

Avaliação e exposição do painel integrado

X

Apresentação do Projeto a gestora

X

Apresentação do projeto junto ao corpo técnico

X

Elaboração do Plano de ação

X

Conclusão do Plano de Ação junto com a pedagoga

X

Conclusão e apresentação do Projeto “indisciplina e limite” Junto ao corpo técnico

X

Preenchimento das fichas do Relatório de estágio junto ao Pedagogo (a).

X

8.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos constatar através de observações, informações, diálogos e pesquisas, que as disciplinas interagm com as relações de autonomia, liberdade, respeito, solidariedade e disciplina.

Concluimos que as práticas disciplinares vividas na escola não fortalecem a autonomia da vontade e sim a heteronímia, uma vez que usam recursos punitivos, tais como:

Lavar o aluno a sala de direção;

Suspensão da merenda escolar;

E brincadeiras no pátio.

O uso desses requisitos representam um processo fortalecedor da indisciplina, no sentido de que tem gerado a obediência consentida, compreendida como um ato de obedecer por se ter à regra internalizada e por se reconhecer seu valor e sua autoridade.

Ninguém “nasce indisciplinado” a criança e o jovem “aprenderam a agir assim, devido á educação dada pelos pais, sem responsabilidades”.com seus atos e atitudes devido ao desrespeito para com os outros, e falta de obediência, as normas e regras sociais de um convívio pouco civilizado.

Na realidade, uma criança age indisciplinadamente, porque não aprendeu, padrões de comportamentos que são habituais e aceitáveis dentro de uma família equilibrada. É na convivência com as outras pessoas que a criança aprende a ser indisciplinado (ou disciplinado). A indisciplina é um modo de jogar e reagir” aprendido” e se foi “aprendido” a criança, aprendeu errado em seu desenvolvimento.

Com as mudanças ocorridas durante o século XX, no campo das relações humanas e na educação, aprendemos que hoje as crianças devem ser respeitadas, entendendo o que elas querem dizer, e o que elas têm a dizer, e o que elas têm “querer”, gostos, aptidões próprias e até indisposições passageiras, exatamente com nós adultos.

O relacionamento entre pais e filhos ganhou mais autenticidade e menos autoritarismo. O poder absoluto dos pais sobre os filhos foi substituído por uma relação democrática e o entendimento cresceu. Algumas regras básicas são necessárias para colocarmos a casa e a escola em ordem. Dar limites é importante, não deve haver dúvidas quanto a isso. Antes de começar precisamos pensar e decidir.

Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida.

Dar limites é ensinar que os direitos são iguais para todos, fazermos a criança entender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros, dizer “não” quando houver uma razão concreta, mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não, ensinarmos a tolerar pequenas frustrações, não satisfazermos aos mínimos desejos, sabermos discernir sobre a necessidade e desejo dos filhos, compreendermos que direito à privacidade não significa falta de cuidado e descaso, e viver dentro de alguns princípios. (Zagury, 2004, p.24-25).

A criança que não aprende a ter limites para o seu querer, para os desejos e vontades, que tudo quer e tudo pode, tendem a desenvolver um quadro de dificuldades de: descontrole emocional, dificuldade de aceitação de limites, distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, dificuldades para concluir tarefas, incapacidade de concentração, excitabilidade, baixo rendimento, agressões físicas, descontrole, problemas psiquiátricos nos casos em que há predisposição.

Enquanto educadora, comprometidas com a educação, acreditamos que devemos educar usando “firmeza com coração” na condução do processo da educação, certamente a criança poderá aprender melhores comportamentos e vir a ser e agir com disciplina, respeitando o ambiente, as pessoas e comportando-se como pessoas equilibradas, formando pessoas com postura de cidadão, responsável e consciente da importância de agir com disciplina no ambiente social, seja na escola, na família ou na sociedade.

9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

BIDDULPH, Steve momentos Mágicos com seu Filho. 2ª ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2003.

BIDDULPH, Steve.Criando Meninos. Tradução CAMPÊLO, Neuza. 2.ed.ver.-São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2004.

ESTRELA, Maria Teresa.Relação Pedagógica, disciplina e indisciplina na sala de aula. 2ª ed. Porto Alegre: 1994.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 8ªed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

TIBA, Içami.Disciplina, limite na medida certa. 1ª ed. São Paulo: Editora Gente, 1996-.

PIAGET, Jean.O Juízo Moral na Criança. 4ª ed. São Paulo: Summus, 1994.

VASCONCELOS Celso Santos (In) Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. 16ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006.

ZAGURY, Tânia, Limites sem Trauma. 53ªed-Rio de Janeiro: Record, 2003.